Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

domingo, 8 de novembro de 2009

Cícero Lucena mantém postulação ao Governo, diz que Cássio votará nele e que RC teria empregado 7 mil prestadores de serviços com fins eleitoreiro

O senador Cícero Lucena, presidente estadual do PSDB e pré-candidato ao Governo do Estado, concedeu entrevista na manhã deste sábado (07), durante participação de encontro com Agentes de Saúde do Vale do Piancó, ao editor e ao radialista Flávia José, apresentadores dos programas Show de Notícia e Correio Debate local, levado ao ar pelas Rádios Pedra Bonita FM e Correio do Vale AM, respectivamente.
O senador discorreu sobre diversos temas destacando-se a determinação em sair candidato ao Governo no ano que vem, a denúncia de que o prefeito Ricardo Coutinho (PSDB) estaria inchando a Folha de Pagamento da Prefeitura de João Pessoa com lideranças do interior, que apoiam sua postulação também ao Governo ano que vem, e a confusão que está dentro do ninho tucano paraibano. Confira abaixo alguns trechos da entrevista:
Sobre perseguição de RC aos Agentes Comunitários de Saúde em João Pessoa
"O próprio MPT entrou com uma ação contra esse ato de perseguição do prefeito Ricardo Coutinho aos ACS e nós colocamos advogados em defesa dos ACS e estamos sustentando isso em Brasília. Quando eu era prefeito, ele era o defensor dos ACS e hoje se você perguntar a qualquer ACS, ele diz quem é o atual prefeito de João Pessoa. Um gestor sem coração, que não cuidar das pessoas. Então os agentes que antes ele defendia passou, agora, a perseguir. Eu que sempre tratei bem essa classe, sempre respeitei, vou continuar com a mesma posição", disparou Cícero.
Sobre a candidatura ao Governo do Estado em 2010
"Com fé em Deus quero apresentar a Paraíba propostas de um trabalho onde nós possamos debater com os paraibanos os nossos problemas. Eu não entro nessa campanha pra derrotar ninguém. Eu quero que a Paraíba ganhe. Quero discutir o problema da saúde, ver onde falta médico, temos que estruturar as regiões do Estado descentralizando a saúde, onde uma pessoa aqui no Vale do Piancó, por exemplo, não tenha que se deslocar até João Pessoa. É melhor que se tenha no próprio Vale uma estrutura equipada de saúde. Temos que debater a vinda da UEPB pro Vale do Piancó, que não pode mais esperar por um Campus. Eu já votei lá no Senado e aprovamos instalação de unidades do IFET para Patos, Itabaiana e Piancó. Quero debater isso com os paraibanos", disse o senador.
Sobre o apoio a sua postulação como candidato ao Governo
"Eu acho que não é uma questão pessoal. Minha razão por colocar a candidatura não é pelo cargo, porque esse Deus junto com o povo da Paraíba já nos deu vários. Então, não estou atrás de cargo. Estou atrás de me colocar à disposição da Paraíba e dos paraibanos. Eu não posso entender como um partido com estrutura do PSDB, com a base aliada que ganhamos as eleições em 2002 e 2006, de repente precisa está tomando alguém emprestado pra esta eleições do próximo ano. Política não é campeonato de futebol onde você para ganhar o título contrata jogadores de outros times, talvez até torcedores de outros times e quando chega no final do campeonato muitas vezes faz um gol contra", preveniu Cícero Lucena.
Sobre se o exgovernador Cássio Cunha Lima o teria abandonado
"Não. Eu acho que ele vai refletir muito sobre isso e vai se preocupar com o partido e com o compromisso com a Paraíba e votará comigo para governador e eu votarei nele para senador", enfatizou os senador.
Possibilidade de a Paraíba ter três potenciais candidatos ao Governo
"Em 2002 o povo nos quis no Governo, em 2006 disse que queria continuar e, agora, em 2010, vamos para uma nova disputa. O processo democrático é bom quando se tem mais de um candidato. Senão, não precisaria de candidatos era só nomear o governador. Se tem mais de um candidato enriquece a democracia. O debate será bom. Eu, Ricardo e Maranhão, devemos discutir os temas da Paraíba. Por exemplo, qual a posição de Ricardo com relação aos ACS. Vamos discutir, por exemplo, o problema dos policiais. Eu defendo a PEC 300. Vou se Deus quiser votar a favor dela no senado. A questão da saúde é importante. Eu, por exemplo, preparei João Pessoa para ser referência dos municípios do interior. Hoje, se você quiser fazer uma tomografia, ultra-sonografia, etc, de Itaporanga ou Piancó em João Pessoa é muito difícil. Porque o prefeito Ricardo Coutinho só quer cuidar, e mal, da cidade de João Pessoa. Eu tenho uma política salarial competente, onde um guarda municipal,no meu governo, ganhava mais do que um policial militar; um professor municipal ganhava mais do que o estadual; quando eu disser que vou colocar médicos em todas as cidades do interior, eles vão acreditar porque eu coloquei 180 nos PSFs de João Pessoa", disse Cícero Lucena.
Sobre ação do Ministério Público por suspeita de irregularidades na compra de merenda escolar pela Prefeitura de João Pessoa
"O atual prefeito Ricardo Coutinho vai ter que justificar porque acabou com o programa que deixei na Educação, onde a merenda era comprada nos bairros da capital e passou a comprá-la em São Paulo, pagando duas vezes mais. Isso, inclusive, já rendeu uma ação do Ministério Público. Então, você tem que ter muito cuidado com o produto que é passado pela mídia oficial, pago com o dinheiro público da Prefeitura de João Pessoa, que não é bom", criticou.
Sobre a insinuação de RC de que o senador trabalha para outrem
"Trabalho para o povo da Paraíba. Minha história é uma história de lealdade, de correção e de prática. Eu, por exemplo, não me junto com uma pessoa numa campanha e poucos dias depois eu traio. Eu entrei na política em 1990 e até hoje ao lado de Ronaldo Cunha Lima. Me foi oferecido por Maranhão em 2002, pergunte a Maranhão se não é verdade, pra eu ser candidato único na Paraíba ao Governo do Estado. E eu não aceitei porque era uma traição ao compromisso que tinha com o projeto de Cássio. Eu ajo assim. Eu não fui eleito prefeito de João Pessoa, como ele (Ricardo Coutinho) foi, e na eleição seguinte ele já estava brigado com Maranhão. É tanto que não colocou o vice indicado por Maranhão, em 2008. Ele trabalha pra ele, depois pra ele, depois pra ele, depois pra ele e depois pra ele. Eu trabalho para a Paraíba e para os paraibanos", desafiou.
Busca da união no ninho tucano
"Eu sou um homem de fé. Sou um cristão e um homem de fé. Por mais que a pessoa tenha feito um mal a mim, entrego a Deus pra fazer o julgamento. Eu prefiro olhar pra frente. E, obviamente, que eles colocam suas idéias e eu coloco a minha", disparou.
Sobre a fala de Ricardo Coutinho de que “caiu nas graças do povo” e prefeitos e vereadores ficam como coadjuvantes, pois já tinha visto governador ser eleito com menos de 10% das intenções de votos em pesquisas e pouco mais de uma dezena de prefeitos:
"Obrigado por ele está pedindo voto pra mim. Porque quem efetivamente não tem a máquina municipal, empregando mais de 7 mil prestadores de serviços muitos desses lideranças do interior que estão apoiando ele em função exatamente dos contra-cheques da Prefeitura Municipal de João Pessoa, como ele faz. Então, ele está só confirmando aquilo que venho defendendo. Em 1990, quando fui vice de Ronaldo, tinha três candidatos: João Agripino, apoiado pelo governador Burity; Wilson Braga, que era imbatível com seus 78%; e Ronaldo, que aparecia nas pesquisas com 10%, e meus amigos me diziam que eu era louco por entrar na política, naquele cenário. Ricardo (o editor), eu tenho fé em Deus, essa é a diferença. A grande diferença. Eu tenho fé em Deus e confio no povo da Paraíba. Veja como às vezes as pessoas se traem, pois está faltando humildade no prefeito Ricardo Coutinho. Ele tem que saber que a estrada é longa, que a caminhada não é tão fácil assim, não. A arrogância é um mau conselheiro", disse Cícero Lucena.
Sobre a gratidão do povo sertanejo
"Nós sertanejos somos humildes por natureza. São poucos os que escolhem o caminho errado. As pessoas precisam ser gratas pela ajuda recebida. Você precisa ter a humildade como virtude. Pois, pode até ter cargo, mas saiba que aquele cargo não lhe pertence mas sim primeiro a Deus e segundo ao povo, que lhe ajuda a chegar lá", concluiu o senador.

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