Frase

"A inveja consome o invejoso como a ferrugem o ferro." (Antistenes)

domingo, 4 de julho de 2010

Ao barrar o nome de Romero, Aguinaldo Ribeiro comete o mesmo erro de seu pai(Enivaldo) em 2006

Sinceramente não vejo como a candidatura do deputado estadual Romero Rodrigues (PSDB) a deputado federal prejudicaria a postulação do também deputado estadual Aguinaldo Ribeiro (Foto - PP), ao mesmo cargo. Pois, em 2006, o grupo Cunha Lima elegeu, praticamente com votos de Campina Grande, dois deputados federais: Ronaldo Cunha Lima (que depois renunciou ao mandato) e Rômulo Gouveia, ambos com votações espetaculares.
Nas eleições de 2006, a oposição e situação da época fizeram cada uma seis deputados. Os eleitos foram:
Chapão oposição (da época): PMDB - PT - PRB - PSB - PC do B
Vitalzinho (PMDB) = 168.301 votos
Wilson Santiago (PMDB) = 163.661 votos
Manoel Júnior (PSB) = 126.339 votos
Wilson Braga (PMDB) = 113.557 votos
Luiz Couto (PT) = 83.742 votos
Marcondes Gadelha (PSB) = 39.361 votos (eleito pela média, na última vaga)
Obs.: É bom lembrarmos que Marcondes foi favorecido pelo quociente da coligação e porque não existia outro nome bom de voto, já que o primeiro suplente foi Bonifácio Rocha (PSB), que obteve 24.437 votos. Manoel Júnior, depois mudou para o PMDB, e Marcondes Gadelha, para o PTC.

Chapa 1/Situação (da época): PSDB - PFL [hoje DEM] - PTC - PT do B
Rômulo Gouveia (PSDB) = 152.330 votos
Efraim Filho (PFL) = 147.335 votos
Ronaldo Cunha Lima (PSDB) = 124.192 votos
Armando Abílio (PSDB) = 55.337 votos (eleito pela média, na penúltima vaga)
Obs.: Quando Ronaldo renunciou o jovem Walter Britto Neto (primeiro suplente com 12.934 votos, então no PFL) assumiu o mandato, no entanto, foi cassado pelo TSE por infidelidade partidária, vindo a assumir o mandato o segundo suplente Major Fábio (PFL), que obteve 4.061 votos. Já Armando Abílio, puxado por Rômulo/Efraim e Ronaldo, depois mudou para o PTB.

Chapa 2/Situação (da época): PP - PTB - PTN - PL [hoje PR]
Wellington Roberto (PL) = 125.407 votos
Damião Feliciano (PL) = 75.408 votos
Obs.: O PL depois virou PR e Damião Feliciano mudou para o PDT, levando os suplentes Enivaldo Ribeiro (PP - 52.421 votos) e Inaldo Leitão (PL - 44.587 votos) a entrarem com ação no TSE pedindo o mandato por infidelidade, sem sucesso.

Então, agora em 2010, a candidatura de Romero Rodrigues (PSDB) ajudaria na soma de votos a garantir a eleição de Aguinaldo Ribeiro (PP), que não aceita o nome de Romero. Ora, Rômulo e Ronaldo obtiveram juntos 276.512 votos e acrescidos os 52.421 de Enivaldo (pai de Aguinaldo) seriam quase 330.000 votos. Derrubados uns 50 mil votos ainda daria para eleger Aguinaldo.
Aguinaldo comete este ano o mesmo erro estratégico que seu pai Enivaldo cometeu em 2006, quando o senador Efraim Morais propôs um chapão e ele não aceitou. Enivaldo dissera à Efraim, na época, que não aceitava porque os votos do PP só serviriam para eleger Efraim Filho. No final das contas deu o contrário: Efraim Filho tirou votos de sobra que daria para puxar e eleger Enivaldo.
Este ano, Wellington Roberto (PR) conseguiu fechar a melhor coligação ao colocar no bloquinho o PT e, assim, garantir a sua própria reeleição e também a do padre Luiz Couto. Já Armando Abílio deu o tiro errado e perdeu a chance de se reeleger ao trocar uma chapa leve com a oposição e embarcar num cargueiro pesado com oito peemedebistas, com muito mais votos, brigando por cinco vagas.

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